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A Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021–2026: Pontos-Chave para sua Prova

A Resolução CNJ nº 325/2020 institui a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o período de 2021 a 2026, consolidando o planejamento de longo prazo dos tribunais brasileiros. Trata-se de um importante marco normativo que orienta a atuação administrativa, processual e institucional dos órgãos do Judiciário. A seguir, destacamos os principais aspectos que podem ser cobrados em prova, especialmente para os candidatos ao cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa do STM.


Fundamentos e Finalidades

A Estratégia Nacional foi criada com base em princípios como unidade do Poder Judiciário, gestão participativa e democrática, e alinhamento à Agenda 2030 da ONU. Ela se estrutura em torno de cinco componentes centrais:

  • Missão
  • Visão
  • Valores
  • Macrodesafios
  • Indicadores de Desempenho

Seu objetivo é orientar os planos estratégicos de todos os órgãos do Judiciário, garantindo coesão e eficiência institucional.


Alinhamento Obrigatório

Todos os tribunais abrangidos pelos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal devem alinhar seus planos estratégicos ao conteúdo da Estratégia Nacional. Isso inclui:

  • Período de vigência de 6 anos (2021–2026);
  • Incorporação dos macrodesafios;
  • Observância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU;
  • Participação de magistrados, servidores e da sociedade na elaboração dos planos.

Execução e Monitoramento

A execução da estratégia é compartilhada entre magistrados, servidores e gestores, e coordenada pela Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário. A estratégia é acompanhada por:

  • Reuniões de Análise da Estratégia (RAE) quadrimestrais;
  • Publicação dos planos estratégicos e dos resultados nos portais dos tribunais;
  • Utilização de indicadores de desempenho e metas nacionais, monitorados pelo CNJ.

Macrodesafios Estratégicos

São 12 macrodesafios, agrupados em três perspectivas: Sociedade, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. Entre os mais cobrados em provas estão:

  • Garantia dos Direitos Fundamentais
  • Agilidade e Produtividade na Prestação Jurisdicional
  • Prevenção de Litígios e Soluções Consensuais
  • Fortalecimento da Estratégia Nacional de TIC e Proteção de Dados
  • Aperfeiçoamento da Gestão Administrativa e da Governança Judiciária

Cada macrodesafio possui indicadores específicos, como o Índice de Acesso à Justiça (IAJ), Índice de Sustentabilidade (IDS) e Taxa de Congestionamento Líquida (TCL).


Metas Nacionais

As Metas Nacionais são compromissos anuais para melhorar a prestação jurisdicional. Destaque para:

  • Meta 1: Julgar mais processos que os distribuídos;
  • Meta 2: Julgar processos mais antigos.

Elas são obrigatórias para todos os tribunais e monitoradas com base em dados extraídos do DataJud e de informações prestadas pelos próprios órgãos.


Governança e Participação

O CNJ, com o apoio de comissões técnicas e da Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica, é responsável pela coordenação da estratégia. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário, realizados anualmente (preferencialmente em novembro), são os principais fóruns de avaliação, deliberação e revisão das metas.

As Metas Nacionais do Poder Judiciário estão diretamente vinculadas aos macrodesafios definidos na Estratégia Nacional 2021–2026. Elas representam compromissos anuais assumidos pelos tribunais com o objetivo de aperfeiçoar a prestação jurisdicional, buscando resultados concretos em áreas prioritárias. Ao atuar sobre os macrodesafios, as metas contribuem para melhorias na agilidade, na efetividade e na qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

Entre os exemplos, destaca-se a Meta 1, que visa julgar mais processos do que os distribuídos, e a Meta 2, voltada à resolução de processos mais antigos. Essas metas operam sobre macrodesafios como ‘Agilidade e Produtividade na Prestação Jurisdicional’ e ‘Aperfeiçoamento da Gestão da Justiça Criminal’, refletindo diretamente no desempenho institucional.

Já as Metas Específicas são voltadas a objetivos comuns de cada segmento de justiça ou tribunal superior, permitindo a personalização dos esforços de acordo com as características de cada ramo. Sua definição também ocorre anualmente e deve estar alinhada aos objetivos estratégicos globais.

Complementando essa estrutura, a política judiciária nacional, instituída pelo CNJ, possui natureza contínua ou de vigência determinada e serve como um mecanismo para impulsionar a implementação da Estratégia Nacional. Essa política estimula tribunais a desenvolverem programas, projetos e ações com foco no aperfeiçoamento institucional, inovação e atendimento à sociedade.


📎 Conclusão

A Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021–2026 é muito mais que um plano formal: é o guia central da atuação judicial contemporânea, com forte compromisso com transparência, eficiência, inovação e desenvolvimento sustentável. Compreender seus fundamentos, macrodesafios e mecanismos de execução é essencial para o candidato que busca uma vaga no STM e deseja demonstrar domínio sobre planejamento estratégico no setor público.

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